E de repente, se via sozinho, tão
solitário. Talvez abandonado? Quem sabe.
Vivia buscando algo que
preenchesse aquele vazio que sentia dentro do peito.
Vazio, era essa a palavra que
usava para descrever aquela sensação.
Era tudo ilusão!
Não havia algo que o completasse
realmente. Nada o preenchia, nada saciava aquela sede que sentia em sua alma.
Não sabia bem o que era aquilo que
sentia, não conseguia interpretar, compreender e entender qual o sentido
daquela busca incessante.
Por vezes sentia-se triste, por
vezes esgotado, e até cansado de tudo e de todos.
Porém, ao mesmo tempo, o que mais
queria era “tudo e todos” bem perto de si, assim podia sentir-se mais seguro.
Por que tanto medo da solidão?
Buscava algo em todos os momentos,
frequentava lugares diferentes, com pessoas diferentes, em horários diferentes,
tudo isso para ver se aquela sensação de vazio desaparecia.
De nada adiantava!
O caso é que não havia aprendido
a conviver consigo mesmo. Talvez fugisse de seu próprio “eu”, ou melhor dizendo,
talvez não, mas com certeza ele fazia isso.
O que havia de tão sombrio
naquele ser? O que o fazia querer fugir da sua própria realidade?
Não é uma tarefa tão simples
assim, pois requer muita coragem, muita força e muita vontade de entrar em
contato com conteúdos internos, principalmente aqueles que causam sofrimento,
lembranças, entre outras coisas.
Talvez fugir fosse o caminho mais
fácil mesmo, achava melhor buscar no outro, ou mesmo em coisas materiais,
aquilo que não conseguia encontrar em si mesmo.
Poderia ser pela insegurança, falta
de confiança em si próprio, medo da rejeição advinda do outro, quem sabe? São inúmeras questões.
Por mais que ele buscasse se
encontrar através de pessoas, lugares e objetos, o tal “vazio” sempre achava o
caminho de volta.
Na verdade ele só queria
sentir-se bem. Bem consigo mesmo, com seu “eu”. Mesmo que fosse por algumas
horas, instantes, minutos. Ele só queria sentir-se livre, liberto daquilo que o
oprimia.
Mas a realidade é que ele ainda
não se conhece, ainda não teve a oportunidade de encontrar em seu mundo interno
aquilo que necessita buscar no externo.
Não tem a noção de que as
respostas de suas perguntas podem estar no “silêncio”, na “calma”, no seu “eu”,
no seu “âmago”.
Contudo, ele terá seu tempo, o
momento exato em que perceberá quem realmente é e qual o seu papel e seu
sentido no mundo.
Fugir de si mesmo é a real
ilusão.
Quer um exemplo?
De nada adianta reformar a
fachada de sua casa, deixando-a linda e impecável e por dentro tudo continuar
igual, com as mesmas goteiras, com o mesmo mofo e bolor, com os mesmos problemas,
você vai fazer o que quando acordar e perceber que tudo está como antes? Ou vai
preferir viver na fachada (de sua casa)?
Então, depois de ter lido até
aqui, te proponho uma coisa: Pense por instantes, como anda o interior de sua
casa?
Imagem da Internet alterada por Jacqueline Sanchez |
Texto: Psicóloga Jacqueline Sanchez - Essência Humana em Foco
Sempre que leio os artigos de Jacqueline Sanches acrescenta muito em meio conhecimento pessoal e nas relações interpessoais.
ResponderExcluirTe agradeço Jacqueline Sanches, pelo amor,compromisso e dedicação ao público nos oferecendo matérias que nos ajudam a transformar nossas vidas.
Muito obrigada e que Deus te ilumine e te abençoe sempre.
Muito obrigada pelas lindas palavras! Fico muito feliz em poder passar mensagens para vocês! Gratidão e paz na alma!
Excluirme vi aqui ,eu sinto exatamente isso, um vazio que nao consigo preencher, ta sempre faltando algo que nao sei explicar,muito bom o que li aqui.
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